domingo, 27 de outubro de 2013

Questão de Gênero: Quando a sexualidade se depara com a realidade

Apesar de toda modernidade em que vivemos ainda há certas questões que são tabus, como virgindade e a homossexualidade por exemplo. Meninas que são julgadas por serem ou não mais virgens. Apresenta-se agora um novo mercado, o de leilões de virgindade, mas ainda esta é melhor aceita do que a homossexualidade, algumas pessoas ainda acreditam que é melhor ter uma filha prostituta do que uma lésbica, muito embora sabemos que a situação da primeira é bem mais complicada do que a da segunda, pois a primeira está exposta a riscos de doenças, agressões e tantos outros, já para a segunda a questão é o que elas fazem entre quatro paredes e este questionamento não é só para elas, são para os gays também. Às vezes conhece-se uma pessoa e se tem uma determinada opinião sobre ela, dizemos: Como José é inteligente, esforçado ou como Maria é competente, comprometida, dedicada, todos são excelentes profissionais, estudantes... até o momento em que se descobre a orientação sexual deles aí são taxados, julgados e até falsamente aceitos. Quantas vezes já não ouvimos: fulano é tão bom profissional, pena que é gay, né, ou ainda beltrana é tão boa no que faz e tão bonita e feminina, não acredito que ela é lésbica. Muitas vezes esse bom profissional deixa de ser visto como tal simplesmente pela sua orientação sexual, a questão passa a ser aí com quem você mantém relações sexuais, e não mais o seu eu, seu caráter, sua personalidade. Ou ainda nos deparamos com aquelas pessoas de personalidade mais forte e dizemos: está vendo, age desta maneira porque é gay, quando na verdade não é o fato de ser ou não gay mas sim uma questão de personalidade, é inerente aquele ser agir daquela forma independente do fato de ser gay ou não, com certeza se fosse heterossexual agiria da mesma forma. Bem, como quase tudo em nossa sociedade somos julgados e rotulados simplesmente pelo estilo de vida, pelas decisões que tomamos, não muito fáceis certas vezes, já que afinal a decisão de se assumir não é fácil além de ser em muitos casos algo doloroso e difícil, afinal não é tão simples assim sair do armário e dizer ao mundo quem você é e para que veio, expondo-se não raras vezes a rejeição e a intolerância. Pensando nisso, resolvi abordar esse assunto de uma maneira na qual não havia pensado antes. Como a mídia vê a questão da homossexualidade, do lesbianismo, como esse público de gays e lésbicas é visto e mostrado na TV e no cinema mais especificamente e para isso citarei aqui algumas séries, filmes e novelas a que assisti ao longo desse tempo e que tratam da questão da homossexualidade. Vamos começar então tratando da questão das novelas: há muito vemos o tema da homossexualidade sendo tratado neste tipo de mídia, mas podemos perceber também que ele é tratado de maneira como podemos dizer que passa muito longe do superficial. Podemos citar algumas: houve uma novela “Torre de Babel” em que as personagens da Christiane Torloni e da Silvia Pfeifer eram um casal é lógico que a desculpa que os autores vão dar não vai ser essa mas a repercussão foi tão grande que tiraram o casal do ar, matando as personagens. Essa outra novela que irei citar agora, “América”, tinha o Bruno Gagliasso, seu personagem Junior, deixava a questão do ser ou não gay no ar, até muito se falou sobre apresentar o primeiro beijo gay numa novela, o que acabou não acontecendo e mais uma vez a relação dele com um peão ficou subentendida e o beijo foi camuflado e não apareceu, mais uma vez podemos perceber aí o quanto essa questão ainda não está resolvida pela mídia televisiva ainda mais no horário nobre. Mudando o canal, podemos ver já no SBT, na novela “Amor e Revolução”, que tinha como pano de fundo uma história de amor em plenos anos de chumbo. Nesta novela também havia um casal de lésbicas e dizem que lá elas se beijavam, talvez seja verdade, mas se pensarmos que a novela era transmitida num horário próximo da novela das nove da concorrente num canal com a audiência um pouco menor, quantas pessoas viram esse beijo? Bem poucas. Já no cinema podemos perceber que essa questão é vista com maior naturalidade. No filme “Eclipse de uma paixão” é mostrado abertamente o relacionamento entre os poetas Paul Verlaine e Artur Rimbaud,na França em pleno século XIX, as cenas mostradas são claras e não deixam dúvidas quanto ao relacionamento dos dois poetas. Tal fato não acontece da mesma forma por exemplo no filme “As horas”, onde a homossexualidade da escritora Virginia Wolf é camuflada, sufocada, tal como deve ter sido na vida real, fato este que levou a mesma ao suicídio. Vindo para os trópicos dois filmes me chamaram a atenção: o primeiro, “Do começo ao fim”, conta a história de dois garotos, meio irmãos que desde crianças foram muito ligados e descobrem quando adultos uma paixão avassaladora, um filme muito interessante e que trata de dois tabus ao mesmo tempo: a homossexualidade e o incesto, já que os dois irmãos chegam a consumar o ato, as cenas mostradas também não deixam dúvidas da relação dos dois Um outro filme “Como esquecer” mostra as tristezas e decepções de uma professora universitária depois do rompimento de uma relação de tantos anos com a sua companheira, mostra os conflitos, o retomar da vida e a descoberta de um novo amor, neste filme há um enfoque maior da questão da homossexualidade já que se trata de dois amigos, um gay e uma lésbica que passam por problemas em seus respectivos relacionamentos. No campo dos seriados norte americanos, podemos perceber uma maior abertura, principalmente nos dos canais pagos, talvez seja porque o público é menor, afinal, não são todos que tem acesso a TV paga o que oferece poucos riscos àqueles que se aventuram por esse caminho. Podemos citar alguns seriados que tratam dessa temática e como isso é feito: O primeiro que gostaria de citar é “Will and Grace” que conta a história de dois amigos, sendo o primeiro um advogado, gay assumido e suas relações cotidianas. É um seriado interessante para quem gosta de comédia, já que o forte nele é isto, parece que a questão ali é fazer o público rir e não mostrar a homossexualidade do protagonista, nem ao menos o lado profissional dos personagens são mostrados, estão apenas em cena representando papeis de humoristas, nada além disso, mas é importante pela tentativa. Um outro seriado que gostaria de citar, esse já um pouco mais direto é o “The L Word”, que trata da vida e dos relacionamentos entre amigas lésbicas, já nos primeiros capítulos podemos perceber a temática homossexual, mas, ao mesmo tempo parece algo isolado, como se fosse somente esta a questão, o que torna o seriado um tanto quanto enfadonho, não aparenta ser vida real, o que chega mais perto disso é o fato do casal protagonista querer ter um filho e a relação ambígua de uma delas com um casal vizinho. “Will and Grace”, foi uma das primeiras séries a tratar da questão da homossexualidade, estreou na TV americana em 1998, talvez por isso, percebemos algo um tanto quanto evasivo ao trazer o tema para as telas, medo da repercussão? Pode-ser. Um pouco também aquela velha ideia de que através do riso, o programa fosse ao mesmo tempo aceito pela mídia e que também pudesse mostrar um outro lado, mais humano dos homossexuais. Tanto Will and Grace quanto The L Word, tiveram suas temporadas lançadas em DVD durante ou após o término da série, o que prova que elas foram melhor aceitas pela mídia, além do mais, a primeira continua até hoje sendo exibida pelo canal a cabo SONY no Brasil o que já não vai acontecer com a série da qual irei falar agora. Queer as Folk estreou na TV americana no ano 2000 e foi exibida aqui no Brasil pelo canal a cabo CINEMAX. Esta série foi pioneira na questão da ousadia com que o tema da homossexualidade é tratado, os personagens, na maioria gays, pensam, agem e vivem suas vidas como qualquer outra pessoa e também como qualquer outra pessoas eles transam, as cenas de sexo mostradas na série são várias e não aquela coisa mascarada, como estávamos acostumados a ver, o sexo, o desejo, subtendido. Os personagens têm suas profissões, temos um publicitário, um organizador de eventos, um contador, um artista plástico, uma professora de arte, uma advogada que vivem suas vidas na pacata cidade de Pittsburg. A série impressiona também por mostrar a vida como ela é os dramas e tragédias que podem acontecer na vida de qualquer pessoa, seja ela homo ou heterossexual, talvez por isso tenha me chamado mais a atenção. Quem nunca se deparou com aquela pessoa egoísta, que só pensa em si e passa por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer? Ou ainda nunca teve uma decepção amorosa, ou uma doença grave, problemas com drogas, todos nós já nos deparamos com situações assim e podemos até ter vivido as mesmas, então isso, não seria um “privilégio” só dos homossexuais, correto? Também a questão das relações amorosas são abordadas neste seriado, a procura por alguém especial com quem se possa viver uma vida, todos eles, com excessão de um dos protagonistas, estão à procura disso, um relacionamento estável, maduro e mais uma vez me pergunto: quem não está a procura disso e quem também não está? Quantos Teds e quantos Brians não encontramos por aí e nem sempre eles são homossexuais. Com relação ainda a isso, a primeira vez em que assisti à serie no you tube, pude ver alguns comentários de pessoas que também assistiram, como por exemplo a reação ao final, não tão feliz do casal protagonista: Brian e Justin, pude perceber a indignação das pessoas por eles não terminarem a história juntos, depois de tanta luta e tanto sofrimento de ambas as partes. Realmente, a primeira vista parece triste e até um pouco injustiça por parte daqueles que idealizaram a série, como se disséssemos: Só nas histórias hétero temos finais felizes para os protagonistas, os gays não têm direito a eles? Depois de um tempo pensando nesta questão, ao assistir à série pela segunda vez pude perceber que o final correspondeu às expectativas de cada personagem. Como já comentei, de uma certa forma, todos eles procuravam um relacionamento estável, mesmo Justin, que irá admitir ao longo da série, que nunca poderia ter um relação estável, mesmo um casamento com Brian. Conforme previsto, todos tiveram seus finais felizes, a série termina com todos os casais formados e só os protagonistas separados, por que isso? A resposta é muito simples, como falei, todos procuravam por isso e encontraram o que procuraram, o único que não pensava nisso era o Brian que por sua vez terminou sozinho, coitado... Penso que houve coerência e não injustiça, o que aconteceu com Justin? Nunca saberemos, pode-se apenas ficar subentendido, podemos apenas imaginar, será que finalmente encontrou um novo amor? Alguém que correspondesse as suas expectativas? Isso são só conjecturas, material para a imaginação dos fãs da série. O que é fato, é que conforme já citei acima, todas as questões mostradas poderiam atingir quaisquer pessoas, não somente homossexuais, o que também é fato é que esta série nunca foi lançada em DVD no Brasil, ao contrário das outras o que me leva a crer que querem dar o esquecimento devido às histórias contadas ali, a não ser que algum curioso consiga comprar alguma versão de colecionador. Isso me leva a pensar em uma coisa, será que, apesar de quererem mostrar o contrário, a sociedade já aceitou um pouco melhor a questão da homossexualidade? Será que ela consegue aceitar que gays e lésbicas têm uma vida como de qualquer outra pessoa e que merece ser vivida e aproveitada? Ou será que ainda teremos que cobrir a questão por muito tempo ainda, com o velho e roto véu da maia?

Uma lenda africana

Uma lenda africana Esta história começa lá nos confins da África, onde um dia nasceu um belo príncipe, herdeiro e esperança de seu povo. Mugundo, este era seu nome e carregava consigo, além deste, a fé dos seus compatriotas de que a vida em seu país seria diferente. O menino nasce e, como previam os oráculos, realmente o destino de seu povo começa a mudar. A partir daí vive-se uma época de grande prosperidade, seu povo enriquece, o que é extremamente vantajoso para o rei, já que seu povo enriquecendo, o aumento de sua riqueza viria em consequência. Como nada na vida é eterno, com o passar dos anos esta história começa a mudar. Um dia, numa guerra entre as tribos, o clã de Mugundo é derrotado, sua família é destroçada e o príncipe é vendido como escravo, como era costume entre os derrotados e trazido para o Brasil, que na época era colônia de Portugal como mão de obra para trabalhos braçais. Mais do que a dor de haver perdido todos aqueles que lhe eram caros, doía-lhe mais saber que havia perdido seu bem mais precioso: a liberdade. Mugundo chega ao Brasil e, como tradição em nossas terras, recebe um batismo e nome cristão, Severino, um nome que traduz bem o que seria sua vida dali em diante. Ele chega para trabalhar na fazenda de um terrível senhor de engenho, o qual tinha suas maldades conhecidas em toda a região, amado por uns, temido por muitos, sua palavra era a lei naquelas paragens e será neste cenário que Mugundo, agora, Severino irá viver um verdadeiro inferno. Severino aceita seu destino sem revolta, mas carrega consigo o sonho de um dia poder reconquistar a liberdade perdida. Faz de tudo para não desagradar o seu senhor e para servir de exemplo para tantos companheiros que encontravam-se na mesma situação, sempre oferecendo um ombro amigo, uma palavra de consolo e esperança. Porém tudo isso não será suficiente para que Severino deixe de provar sua dose de sofrimento, a dor da chibata, a fome, que o faziam perder o sono e quase o juízo, nada disso pra ele importava, pois carregava consigo a certeza de que seria livre novamente um dia. Um dia, após muitos anos de sofrimento, novamente sua vida começa a mudar: o terrível senhor de escravos, perde sua fortuna e vê-se obrigado a se livrar de seus bens e com isso então, Severino é vendido para outro fazendeiro e mandado para uma fazenda maior do que aquela em que trabalhava. Abatido, mas não desesperançado ele chega ao lugar e como havia acontecido antes, segue como exemplo de trabalho e esperança. O tempo passa e Severino sempre ali trabalhando, sendo amigo, companheiro e querido por seus companheiros e também pelo seu senhor que, a cada dia mais admirava a postura digna daquele escravo. É nesta época também que ele conhece o amor, apaixona-se e casa-se com uma bela escrava que há muito vinha acompanhando seus passos. Passados alguns anos em que estava ali, um dia, o seu senhor o chama para uma conversa, quer saber um pouco mais sobre ele, sobre sua vida. Severino chega, de cabeça baixa, olhos na direção do chão e surpreende-se quando o senhor lhe faz a seguinte pergunta: - Qual é seu nome? Admirado o escravo responde, achando que seu senhor estava enlouquecendo: - Severino, senhor! Novamente seu senhor o interpela: - Não, Severino foi o nome que te deram aqui em meu país. Quero saber o nome que recebeu em suas terras, aquele que seus pais escolheram para você quando nasceu. Fale-me um pouco sobre você. Severino então, sem entender muito bem onde seu senhor queria chegar, mas emocionado por relembrar sua origem lhe responde: - Nasci lá nos confins da África, em meio às planícies mais verdes e belas que o senhor poderia imaginar, meu nome era Mugundo, eu era filho do grande rei daquelas terras, mas perdi tudo, inclusive minha família, depois de uma guerra e fui mandado para este país para servir como escravo para seu povo. Seu senhor admirado lhe responde então: Chamei-te aqui Mugundo, porque te observei todos estes anos, sua postura digna, suas palavras de consolo para seus companheiros e achei que era a hora de te dar um presente. Desta vez quem se admira é Mugundo: - Presente, senhor? - Sim, um presente, mas aposto que você não saberia o que é. -Realmente, meu senhor. - O presente que te dou agora, meu príncipe, é esta carta, nela está a garantia da liberdade, sua, de sua mulher e dos filhos que vierem a ter. A partir de hoje você é livre para fazer o que quiser, inclusive voltar a seu país. Dou-te ainda este dinheiro para usar caso queira fazer isso, ou para garantir suas primeiras necessidades. O ex escravo, agora novamente príncipe, sem saber direito o que fazer ou dizer abraça seu senhor e não consegue dizer nada, devido às lagrimas que não deixam de cair dos seus olhos. Vai então para casa contar a novidade para sua esposa. - Maria, arruma tuas coisas que vamos embora daqui! A mulher acha que o marido enlouqueceu e ele novamente lhe fala: - É verdade, olha aqui, esta carta diz isso, a partir de hoje estamos livres, podemos ir aonde quisermos como quisermos e ninguém irá nos impedir, nosso sonho finalmente se realizou. Não cabendo em si de felicidade sua esposa o abraça, choram juntos e planejam o que fariam dali pra frente, onde iriam morar, seu futuro, que prometia ser maravilhoso. Passado algum tempo, depois de tudo isso, Mugundo começa a agir de maneira estranha. Talvez por sentir-se sem rumo, afinal, foram tantos anos de escravidão e sofrimento que agora não sabia o que fazer com tanta felicidade. O fato é que Mugundo, agora já com um emprego, ganhando seu próprio dinheiro, um dia retorna a fazenda daquele senhor que lhe deu o seu presente e, voluntariamente, vai até a senzala, onde acorrenta seus pés e dorme na sua velha cama de pau. Esse ritual repete-se todas as noites., Durante o dia Mugundo trabalha pra garantir seu sustento e o da família e à noite retorna à fazenda pra dormir na senzala como havia acontecido todos aqueles anos. Seu antigo senhor não entende sua atitude e um dia lhe chama pra conversar: Mugundo, por que está fazendo isso? Não sei dizer meu senhor, o fato é que depois que saí daqui, apesar de toda felicidade, senti-me vazio, sem saber o que fazer e percebi que só voltando, este vazio era preenchido. Apesar da tristeza, o senhor aceita a situação e também a presença daquele escravo, todas as noites em sua fazenda. Passa-se o tempo, sua esposa também não entende direito a situação, mas conforma-se e vê, resignada, seu marido, todas as noites, fazer o mesmo caminho, da sua casa até a fazenda. Aceita também o fato de Mugundo ter enlouquecido e toma uma difícil e necessária decisão: - Mugundo, se passar as noites na fazenda te faz feliz, eu aceito, não vou mais interferir na sua decisão. Apesar de te amar, aceito o fato de que você é mais feliz lá na senzala, não vou te abandonar, mas sinto que nosso destino não é mais estarmos juntos, segue sua vida que eu vou seguir a minha. Esta é a última conversa do casal, depois disso nunca mais se falou. Novamente o tempo passa, seu senhor morre, seus companheiros, alguns de idade, outros de doença também se vão e Mugundo desta vez, definitivamente sozinho, continuou seu ritual, até o dia em que o Grande Senhor, por compaixão e justiça resolveu finalmente, desta vez de maneira definitiva, libertá-lo para ser feliz. Observação: Esta história não é uma fábula, mas penso que tem uma grande moral: será que sabemos lidar com a nossa liberdade? Conseguimos identificar o momento em que as amarras são cortadas? Ou será que muitas vezes ainda que inconscientemente procuramos por elas até enlouquecermos? Quantas vezes não pensamos e agimos como o príncipe Mugundo? Será que neste momento não fazemos isso? Era este o questionamento que pretendia trazer quando pensei nesta lenda. Ana Paula dos Santos